Prefeitura do Rio quer trocar operadora do BRT.
Prefeitura e interventor anunciou neste sábado processo licitatório para troca da operadora do sistema.
O Interventor da Prefeitura do Rio de Janeiro do sistema BRT, Luiz Alfredo Salomão, anunciou neste sábado, 6 de Abril, que a gestão municipal lançará uma licitação no mês de Maio para selecionar uma nova operadora para o sistema de corredores exclusivos.
Luiz fez o anúncio menos de 24 horas depois de um protesto de passageiros no Terminal Alvorada cobrando melhores condições dos ônibus que operam o sistema.
O interventor foi selecionado pelo Prefeito Marcelo Crivella no final de Janeiro com a alegação de má prestação de serviços e altos índices de reclamações.
O que diz a equipe de Intervenção:
“A secretária municipal de Transportes estabeleceu um número de veículos para operação. Estão operando com 30% menos deste número. Como é possível reduzir os intervalos e oferecer conforto com 30% menos ônibus no sistema?”
A Prefeitura estima que a intervenção dure ainda mais 6 meses e pretendem reconstruir as pistas do BRT e ainda adaptar as estações com a finalidade de reduzir os calotes aplicado nas catracas, já que muitos praticantes do ato, invadem as plataformas pela pista.
“Em um ano e meio dá para mudar o quadro e ainda colocar ônibus elétricos no lugar dos movido a diesel” afirma Luiz, interventor da prefeitura no sistema.
O Que diz o consórcio BRT:
Em nota o consórcio afirma: “em mais de dois meses de intervenção, nenhum resultado foi apresentado para melhoria do sistema. A intervenção dá claros sinais de seu caráter político, quando na verdade, deveria apresentar um projeto técnico”. O consórcio também entende que a ação para uma nova licitação fomenta ainda mais a ideia de medida política tomada pela prefeitura, deixando de lado as ações técnicas que deveriam ser tomadas em prol do sistema. “Não existe um plano de ação para solucionar os problemas existentes”.
O Consórcio ainda destaca que “O que a prefeitura está fazendo agora e de forma tímida é reconhecer as próprias obrigações legais, previstas em contrato, e que o Consórcio BRT alerta há dois anos. É preciso combater o calote com efetividade, recuperar as pistas dos corredores exclusivos e reprimir o vandalismo nas estações”
Não é de hoje que o sistema vem sofrendo com a ausência de ações que visam suas melhorias. Recentemente, protestos tem deixado claro a insatisfação dos clientes em relação ao modal que está cada vez mais sucateado. Atrasos, super lotação e problemas no ar condicionado são as principais reclamações dos usuários insatisfeitos.