Goiânia estuda criar novas fontes de financiamento para o transporte coletivo.

Um dos principais problemas das grandes cidades brasileiras é buscar outras formas de financiamento do transporte coletivo que seja além do passageiro, mesmo que para aliviar os altos valores praticados.

Como sabemos, a tarifa é composta de custos de mão de obra, insumos, conservação de veículos e instalações, além também do custeio de combustível e as gratuidades.

Em Goiânia, capital de Goiás, o valor praticado da tarifa atualmente é de R$ 4,30. Estima se que a cada tarifa cheia paga diretamente ao sistema, cerca de 40% (algo em torno de R$ 1,70) é destinado para o equilíbrio financeiro gerado pelas gratuidades que destinadas na cidade para: Idosos, Deficientes, Estudantes, Militares Servidores dos Correios e crianças. O custo total das gratuidades na cidade atualmente, gira em torno de R$ 500 milhões.

Ultimamente, a CMTC (Cia Metropolitana do Transporte Coletivo) e a CDTC (Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo) tem se reunido e discutido possibilidades de buscar métodos e outras formas de custearem o transporte coletivo de passageiros na região metropolitana de Goiânia que é alvo constante de reclamações, entre as principais, estão: Lotação, desconforto, falta de organização e longas esperas.

Dentre as formas de financiamento discutidas, as que mais se destacam são: parte do licenciamento dos veículos individuais, recursos do orçamento geral do Estado ou fundos específicos destinados às políticas públicas para jovens e idosos, fatia de tributos arrecadas com estacionamentos, etc.

A medida defendida por especialistas, prefeitos de algumas das cidades que compõem a região metropolitana e até mesmo para o presidente da CMTC – Benjamin Kennedy, é o investimento de parte dos tributos dos veículos individuais na melhoria do transporte coletivo, como forma de reduzir os impactos causados.

Segundo cálculos preliminares, se uma fatia de R$ 60 do licenciamento anual de veículos da Região Metropolitana fosse destinada ao financiamento do transporte coletivo público, isso representaria R$ 200 milhões.

Estima se que se houvesse uma política de subsídios para o sistema, cujo cobrisse toda as gratuidades existentes, a tarifa poderia ser aplicada em até R$ 3,20.

Os envolvidos estão animados com a questão e esperam evoluir com o propósito, visto que a busca de fontes de financiamento para o transporte era uma das principais promessas do plano de governo do recém empossado governador do estado, Ronaldo Caiado.