Cadê o Ponto de ônibus?

Além dos semáforos mau planejados, sinalizações sem durabilidade, viário sem conservação e falta de exclusividade ao transporte coletivo, Taboão da Serra enfrenta outro grande problema em questão de mobilidade: A Ausência de pontos de ônibus identificados.

Sim, estamos aqui mais uma vez para falar de Taboão da Serra. Chato pra boné, não é mesmo? Mas é necessário expor alguns problemas, já que quem está a frente da pasta e até mesmo do município, apenas noticia algumas coisas mal feitas mas que com o impulso de seus gloriosos puxa sacos, são vendidas como grande avanço de gestão, deixando de lado o entendimento da obrigação, do porque foram eleitos e tem seus salários muito bem pagos, cheio de benefícios, bancados as custas do povo que perde boa parte do seu dia, travado no trânsito por ausência mínima de organização.

É necessário entender o porque um município de pouco mais de 20km quadrados, quase 300 mil habitantes e ao lado da capital, tenha tantos problemas em priorizar o transporte coletivo nas suas vias.

Não temos 1 metro sequer de faixas exclusivas. Tive a oportunidade de acompanhar de perto, a batalha travada judicialmente que foi para a última renovação de frota, onde a empresa operadora do sistema municipal teve que manter os veículos parados por 18 meses em sua garagem.

Aqui, inovação em mobilidade é pintar sinalização que some em 3 meses, estacionamento gratuito rotativo para “incentivar o uso do comércio local” e implantação de semáforos, vendendo a ideia de que trata se um programa de prevenção contra mortes no trânsito… mas o curioso é: Porque os semáforos foram instalados onde não houve registros de mortes por acidentes no trânsito? Até hoje, a única coisa que sabemos é que estes semáforos apenas aumentaram os indicadores de trânsito na cidade.

Asfalto e conservação viária também não são das melhores. Uma ou outra operação tapa buraco, mas estamos em 2019… todo mundo sabe que asfalto sobre asfalto não mantém resistência, aumenta a possibilidade de buracos na via, variando desde a sua preparação e até mesmo, por condições climáticas.

Além destes, na última sexta feira, passando pela região dos bairros Jardim Clementino e Parque Marabá, identifiquei outro problema: A falta de pontos de ônibus com o mínimo de identificação para indicar o local correto para embarque e desembarque de passageiros. O local em questão é entre as ruas Uniflor e Mathilde de Abreu que em breve, será trajeto de uma linha com destino ao Metrô Morumbi. São mais de 1.5km onde não se encontra nenhum ponto identificado e em alguns trechos, a iluminação é precária devido a alta copa das árvores que parece não receber um bom tratamento a tempos.

Esta não é uma situação exclusiva. Na Avenida Fernando Fernandes (Avenida que leva o nome do atual Prefeito da cidade) é rota da linha 834, que liga o Jardim Saint Morritz ao Metrô Campo Limpo, também não possui nenhuma identificação de ponto oficial.

Embu das Artes, sua cidade vizinha, que possui menos habitantes, mas uma extensa rede viária, já vem trabalhando com certa prioridade seus conceitos de mobilidade. A cidade já conta com terminal rodoviário, mini terminais urbanos em todas as suas regiões e também, com faixas exclusivas em vias importantes da cidade.

Se analisarmos todo o contexto, é importante lembrar que:

O movimento de comércio na região é em sua grande maioria feito por pessoas nos quais, realizam seus deslocamentos de ônibus.

A incidência de acidentes está em grande maioria, ligada a veículos de passeio.

Logo, é possível afirmar que o ônibus é o responsável pelos deslocamentos de quem movimenta a lucratividade de município e o menos priorizado em questão de obras e mudanças na mobilidade da cidade. E ai, quanto tempo mais vamos esperar por isso?